1. O contexto não ensina tal ideia do "entendimento posterior". Jesus, como Mestre e Senhor dos apóstolos, se preparava para lavar-lhes os pés, tarefa dos mais inúteis dos escravos, aqueles que não eram aptos para mais nada senão as tarefas mais indignas (limpar latrinas, jogar o lixo, lavar os pés dos senhores e suas vistas etc). Pedro, evidentemente, recusou-se a aceitar tal lavagem, e Jesus então lhe disse que ele não entendia O QUE ELE FAZIA AO LAVAR SEUS PÉS naquele momento, mas entenderia depois. O caso aplica-se ao fato de que Pedro não compreendia o fato de Jesus lavar seus pés, e não seus ensinos ou milagres. Ao lermos um texto e tentarmos usá-lo para justificar nossas crenças, nunca devemos esquecer do seu contexto.
2. Os milagres não são para serem discernidos depois, e sim imediatamente. Ora, se um cego passa a enxergar miraculosamente após uma oração de um servo de Deus, o que vamos entender depois? O mesmo se aplica à ressurreição de um morto, à transformação de água em vinho, à purificação de um leproso etc. Tais milagres precisam ter propósito, e serem coerentes com a Escritura e a sã doutrina. Estes sinais e milagres devem promover O REINO, e nunca a Igreja (denominação) ou o operador do milagre, nem deve ser usado para a obtenção de benefícios, como ofertas ou coisas semelhantes.
3. A ações e ensinamentos de um homem de Deus devem ser discernidas in loco, na hora, ao vivo e a cores! Paulo, doutrinando a Igreja acerca do uso dos dons espirituais na Igreja, orienta que "falem dois ou três profetas, e os outros julguem" (1 Co 14:29); este julgamento é na hora, e deve ser feito de acordo com a Escritura e com a sã doutrina. Nada a ser entendido depois.
4. Aplicando a milagres e ensinos, o "entenderás depois" só pode ser cogitado no sentido de "alguns não compreenderam o que viram, ou não entenderam o que foi-lhes ensinado, e este entenderá um dia"; afinal, alguns têm uma certa dificuldade de compreensão, e isto é normal. Mas quando Deus faz uma obra em nosso meio, milagre ou ensino, a Igreja compreende. Os mestres, os profetas, entendem, e esclarecem as ovelhas.Ou seja, a maioria compreende, e tem por tarefa levar toda a Igreja à compreensão.
5. Cuidado com profecias ininteligíveis! "Porque, se a trombeta der sonido incerto, quem se preparará para a batalha? Assim, também, vós, se com a língua não pronunciardes palavras bem inteligíveis, como se entenderá o que se diz? porque estareis como que falando ao ar" (1 Co 14:8-9). Deus não é Deus de confusão, e não vai trazer à Igreja profecias ininteligíveis. Este negócio de "é mistério, irmão" é antibíblico, não tem apoio na sã doutrina. E o mesmo se aplica à ideia de "entenderás depois".
Que Deus nos ajude a compreender o óbvio!
Excelente comentário! Sou membro da IEADERN, e o irmão sabe que somos pentecostais, porém queremos dizer-te que concordo com o amado que a função primordial de um milgre ou algo mais que vbenha a acontecer entre nós, precisa e deve coadunar-se com as Escrituras Sagradas conforme nos ensina Paulo aos Gl 1.9. Agora o que vemos são homens, que a meu ver, são amantes de si mesmo se utilizando de meios fraudulentos e diabólicos para se autopromoverem anunciando "milagres" que parece mais virem do inferno que do Céu. Que Deus guarde seu povo desses mercenários!
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