(Ou, minha resposta ao desafio do pr. Silas Malafaia, lançado aos "blogueiros filhos do diabo", para que provem que ele está errado em abraçar a "teologia" da prosperidade)
Primeiramente, antecipo: sou uma pessoa avessa aos desafios, mormente os religiosos. Eles não são fruto de pessoas inteligentes, pois os desafios são vias de mão dupla, e os desafiadores ignoram esta verdade. O prerrequisito de um bom desafio é que ambas as partes deveriam estar prontas e dispostas a ouvir, analisar os argumentos e refutações, e a parte errada deve estar disposta a mudar, retratar-se. Ou seja, uma espécie de aposta: quem perder, perde! Não parece ser o caso do ilustre televangelista, que descobriu uma mina de ouro na teologia da prosperidade e está muito mais disposto a enfrentar qualquer Zé Bobão que esteja firme no propósito de permanecer fiel às Escrituras e à Doutrina dos Apóstolos... Portanto, qualquer blogueiro que aceitar o desafio saiba de antemão: mesmo que sejam dadas TODAS AS REFUTAÇÕES BÍBLICAS, o desafiante demonstra que não está nem um pouco disposto a reconhecer a falácia desta “teologia”, e muito menos abandoná-la. Eu, entretanto, se me provarem nas Escrituras que a minha postura está equivocada, não vejo nenhum problema em me retratar.
Nunca vi um destes desafios produzir qualquer mudança, pois o desafiante jamais admite estar errado, mesmo quando refutado à luz da Escritura e esclarecidas todas as dúvidas pertinentes. Perde o desafio, mas não se convence! É refutado, mas não se arrepende! Vê que está errado, mas não muda de atitudes e opiniões! Não tem como contra-argumentar ou replicar, mas não se entrega! Lembro-me de uma Testemunha de Jeová com quem debati na minha juventude. Mostrei na Bíblia dele, na "Tradução do Novo Mundo", que a Trindade existe e que não somente 144 mil iriam para o céu, mas todos os salvos. Ele, atônito, me disse ao fim do debate (quando não dispunha de mais argumentos): “Estou lendo na minha Bíblia, mas ainda não acredito!”. Mudar de direção quando confrontado com a verdade é para poucos, e para grandes.
A maioria dos desafios são burros em sua gênese! Lembro-me de alguns deles, lançados ao Senhor Jesus: “E, chegando-se a ele o tentador, disse: Se tu és o Filho de Deus, manda que estas pedras se tornem em pães [...] Então o diabo o transportou à cidade santa, e colocou-o sobre o pináculo do templo, E disse-lhe: Se tu és o Filho de Deus, lança-te daqui abaixo; porque está escrito: Que aos seus anjos dará ordens a teu respeito, e tomar-te-ão nas mãos, para que nunca tropeces em alguma pedra [...] Novamente o transportou o diabo a um monte muito alto; e mostrou-lhe todos os reinos do mundo e a glória deles, E disse-lhe: Tudo isto te darei se, prostrado, me adorares” (Mt 4:1-9). “E os que iam passando blasfemavam dele, meneando a cabeça e dizendo: Tu, que destróis o santuário e em três dias o reedificas, salva-te a ti mesmo; SE ÉS FILHO DE DEUS, DESCE DA CRUZ. De igual modo também os principais sacerdotes, com os escribas e anciãos, escarnecendo, diziam: a outros salvou; a si mesmo não pode salvar. Se é Rei de Israel, DESÇA AGORA DA CRUZ, E CREREMOS NELE” (Mt 27:39-42 – grifos meus). Agradeço a Deus por Jesus não ter se perturbado com a ignorância dos desafiantes. O propósito de Deus em Cristo não era convencer o diabo ou os judeus de que Ele era Filho de Deus, e sim levar a cabo o propósito de sacrificar-Se a Si mesmo para salvar toda a humanidade.
O único desafio que julgo digno de menção e de atenção foi o lançado por Elias, descrito no primeiro livro dos Reis:
“Então disse Elias ao povo: Eu, só, fiquei, por profeta do Senhor, e os profetas de Baal são quatrocentos e cinquenta homens. Dêem-se-nos, pois, dois bezerros, e eles escolham para si um dos bezerros, e o dividam em pedaços, e o ponham sobre a lenha, porém, não lhe metam fogo; e eu prepararei o outro bezerro, e o porei sobre a lenha, e não lhe meterei fogo. Então invocai o nome do vosso deus, e eu invocarei o nome do Senhor: e há de ser que, o deus que responder por fogo, esse será Deus. E todo o povo respondeu, e disseram; É boa esta palavra....” (1 Rs 18:22-24).
Elias representava a minoria. Só ele (pelo menos até então ele ainda não sabia da existência de outros sete mil homens fieis, que talvez representassem no máximo 1% da população do país) permanecera firme no propósito de servir ao Senhor, ao passo que todos os outros O deixaram e seguiram outros deuses, pois lhes era mais conveniente. Qualquer semelhança com a igreja de nossos dias não e mera coincidência, aonde a “teologia da prosperidade”, que nunca foi pregada por Cristo, pelos apóstolos ou pelos pais da Igreja, se alastra pelos quatro cantos da terra. Não há UMA ÚNICA RELIGIÃO do mundo que prega a riqueza material e a prosperidade financeira como bênção absoluta de Deus; somente os cristãos adeptos da teologia da prosperidade! E os que se levantam contra esta teologia antibíblica são a minoria, a escória, os incrédulos, os Manés e os Zé-Bobões. A Igreja se tornou uma multidão de profetas de Mamon, e contra esta multidão uns poucos fieis precisam lutar diuturnamente.
Elias condenou o coxear de toda uma nação, indecisa entre dois pensamentos: servir a Yahweh ou servir a Baal. Subentende-se que Elias era uma pessoa firme em um único pensamento! Quanto aos pregadores da atualidade, há tempos atrás pregavam CONTRA esta doutrina nefasta, mas ao usufruírem de suas benesses financeiras deram as mãos a ela. Negaram a fé original e primitiva, assim como os falsos profetas de Baal e Asera, que deixaram o Senhor, abraçaram outros deuses e não tinham o menor interesse de voltarem a servir ao Deus verdadeiro, pois dispunham do sustento e da proteção de Jezabel (1 Rs 18:19). São até piores que os sacerdotes de Baal e Asera, que abandonaram o Senhor e assumiram sua apostasia, enquanto que os modernos querem servir a Deus e a Mamom ao mesmo tempo, acender uma vela para Deus e outra para o diabo, conciliar o inconciliável (Mt 6:24; 1 Jo 2:15-17)! Se o Senhor é Deus, sigamo-nO; se Baal é deus, sigamo-no; se Mamon é deus, sigamo-no. Faz-se mister parar de coxear entre dois ou mais deuses, mas não dá para seguir a todos ao mesmo tempo, pois são antagônicos! Infelizmente, a teologia da prosperidade tenta unir os Yahweh e Mamon, que a Bíblia categorica e definitivamente afirma não se unirem...
Elias conclamava a nação inteira a servir a Deus, e somente a Ele. Jesus deixou claro que não era possível servir a Deus e a Mamom, mas a teologia da prosperidade quer afirmar exatamente o contrário. O centro do culto, o fim das ofertas, dos louvores, das campanhas e de tudo mais se tornou o RECEBER, o GANHAR, o SER ABENÇOADO, o PROSPERAR. Ao se ofertar R$ 911 para um determinado Ministério, ganhamos não somente uma bela Bíblia, mas também a ABSOLUTA CERTEZA de que Deus irá nos abençoar financeiramente.
Elias não chamava ninguém a uma nova fé, uma nova visão de Deus, e sim à visão antiga. Sua batalha contra os profetas falsos era mostrar ao povo que os seguia que só o Senhor é Deus, e reconduzi-los ao antigo, e não ao novo! Eis o grande problema dos predadores, digo, pregadores da teologia da prosperidade: trazer o novo, aquilo que nem Cristo e nem os seus imediatos trouxeram ao mundo. Não há registros históricos de que a Igreja primitiva e os pais da Igreja dos primeiros Séculos, ou mesmo os Reformadores, pregavam qualquer coisa sequer PARECIDA com o que se prega hoje através da teologia da prosperidade! Trata-se de uma nova visão, capitalista e consumista, que tem por objetivo ofuscar e eliminar a antiga, a visão bíblica. Desde a antiguidade Deus admoesta seu povo: “Assim diz o Senhor: Ponde-vos nos caminhos, e vede e perguntai pelas veredas antigas, qual é o bom caminho, e andai por ele, e achareis descanso para as vossas almas; mas eles dizem: Não andaremos” (Jr 6:16; 18:15). A teologia da prosperidade é a antítese do chamamento dos profetas, que sempre conclamaram o povo a retornar às veredas antigas e praticar as primeiras obras. É a negação da volta ao primeiro amor cobrado por Cristo à igreja de Éfeso (Ap 2:4) e da admoestação ao anjo da igreja de Laodiceia (Ap 3:17), que se gabava: “rico sou, e estou enriquecido, e de nada tenho falta”, mas o Senhor deixou claro que na verdade ele era “desgraçado, e miserável, e pobre, e cego, e nu”. Não existe comparação melhor a se fazer a muitos pastores e igrejas da atualidade, uma vez que seu maior objetivo é enriquecer, e muitas vezes sob o argumento de pregar o Evangelho com esta riqueza, mas as mansões, os jatinhos, os carrões e as fazendas mostram outra realidade!.
Elias restaurou o altar de Deus que estava quebrado. Em completo desuso, qualquer objeto tende a se deteriorar. Naquela época, ninguém o usava, e nos dias de hoje permanece sem usá-lo, pois os maiores altares são os gazofilácios, os boletos e os débitos bancários. Há muito se deixou de se servir a Deus para servir-se a si mesmos! Ninguém dá mais uma oferta; semeia-se, esperando de antemão receber cem vezes mais! Blasfema-se assim do Senhor, julgando que Ele se compra por dinheiro!!
Desculpa, pr. Silas. Não vou perder meu tempo assistindo seu programa para ver se a teologia da prosperidade que pregas é bíblica (as evidências, a Bíblia, a história da Igreja e o bom senso demonstram claramente que não é, embora te recuses a enxergar o óbvio que enxergavas perfeitamente há alguns anos). Não tenho o menor interesse de aceitar seu desafio. Ele é somente mais um desafio de tolos, como a grande maioria dos desafios, como os que foram lançados ao Senhor Jesus pelo diabo e pelos principais sacerdotes. Muitas pessoas boas dentre os “blogueiros endemoninhados e hereges”, como chamas os profetas que Deus levantou para te admoestar e conduzir ao caminho antigo, te darão a resposta que pedes e mereces, te mandarão refutação bíblica e histórica para esta execrável teologia que abraçastes. Lamento que, como é de teu costume, não darás ouvidos a eles, nem considerarás a misericórdia divina revelada através das admoestações que eles te fazem. Antes, darás ouvidos a falsos profetas (estrangeiros e nativos), à concupiscência pela riqueza e à soberba da vida. E por mais que esta concupiscência e esta soberba sejam cheias de boas intenções (pregar o evangelho — qual deles mesmo?), de boas intenções o inferno está cheio! Os fins não justificam os meios! Mateus 7:21-23 que o diga!!
Permaneço orando por ti e por teu Ministério, na esperança que te deixes alcançar pelas Escrituras, pelo bom senso e pelo arrependimento. Este é o meu desafio para ti.
Caro Zilton de Alencar,
ResponderExcluirA paz amado!
Me uno a tí, nesta oração, pelo retorno do pastor Silas Malafaia aos momentos, em que, agradeciamos a Deus por suas virtudes.
O Senhor seja contigo,
O menor.
Amém, pr.Newton. Sempre amei o pr. Malafaia, mas amo muito mais a doutrina que o Senhor Jesus nos deixou, para zelarmos e cumprirmos! Sola Scriptura!
ExcluirAs campanhas recentes engendradas pelo Silas e estrangeiros evidenciam um desvio fenomenal na Doutrina que ele sempre pregou e que o conheci pregando desde os anos 90. Não justificativa para solicitar R$ 1.000,00 em oferta e, em síntese, receber como escambo: a visita do Espírito Santo, a cura de males e multiplicação financeira...isso não é bíblico, simplesmente porque não há estas correlações mercantis na Palavra. Isto é desvio sim, mas o pior é que o Malafaia não quer ouvir, ele está certo e ponto. Cuidado ! Isso e soberba pura !
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