sexta-feira, 26 de outubro de 2012

SALVE CRENTE — PARTE 2


Vamos continuar a falar da nova novela das 21h, pois continua sendo o assunto da semana, quiçá dos próximos meses! Isto ainda vai render muito...

Não pretendo falar se crente PODE assistir novelas, pois para mim isto é assunto já resolvido. Claro que pode. Não estamos debaixo de jugo de servidão. O crente é livre, pode tudo, inclusive pecar. A questão é se DEVE, e isso é um assunto de foro íntimo, de relacionamento do crente com o seu Deus, de conhecimento das Escrituras. Assim, como bem disse um amigo meu em seu mural, “o cristão, antes de escolher se vai ou não fazer alguma coisa, não pergunte O QUE TEM DE MAL, e sim O QUE TEM DE BOM”. Quer assistir? Você é livre, mas faça esta perguntinha básica. O que tem de bom nesta novela? Pesando as coisas boas, e medindo o que de mal existe, eu posso chegar à conclusão se devo assistir ou não.

Sim, também concordamos com a grande possibilidade de que as produções da Grande Emissora são consagradas aos demônios. Não duvidamos disso, e não nos espantamos com isso, pois se ela e seus diretores têm ligações com o Candomblé ou a Umbanda, não se pode esperar que eles consagrem seus trabalhos artísticos a Jeová, ou a Alá. Conheço uma jovem senhora daqui da minha cidade que trabalha com teatro. Ela é crente, e já produziu em um importante teatro pessoense uma peça de um destes diretores da Emissora A. Ela me confidenciou que este diretor, antes de fazer as apresentações, antes mesmo de fazer o primeiro ensaio, foi com todo o elenco a um terreiro de Umbanda... Isto não me impressiona! Pelo menos eles são coerentes, obedecem a seus deuses e trabalham dentro da linha de fé que professam.

O problema é que todo mundo já percebeu que o boicote à novela da Emissora A está arquitetado por uma grande Igreja, que por sua vez é dona da Emissora B, sua concorrente direta!

Os donos desta Emissora concorrente se dizem cristãos, mas permitem a veiculação de homossexualismo, pornografia e outras práticas não muito cristãs em toda a sua programação. Coam mosquitos, e engolem camelos, como bons religiosos que são. Quem tiver qualquer dúvida, assista o programa de auditório das tardes de sábado, ou seu próximo reality show campestre, e comprovará por si mesmo! Já assisti um episódio de um programa chamado TROCA DE FAMÍLIA (nem sei se ainda existe este programa) aonde a homossexualidade de um participante foi aplaudida, incentivada e louvada. Não me parece muito coerente, considerando que os “donos” da emissora e seus principais diretores são “bispos” de uma grande igreja que se diz cristã, e estes valores que eles estão veiculando na programação são antagônicos ao Cristianismo que eles professam...

Bem falou Paulo apóstolo aos crentes de Corinto: “Já por carta vos tenho escrito, que não vos associeis com os que se prostituem; Isto não quer dizer, absolutamente, com os devassos deste mundo, ou com os avarentos, ou com os roubadores, ou com os idólatras; porque, então, vos seria necessário sair do mundo. Mas, agora, vos escrevi, que não vos associeis com aquele que, DIZENDO-SE IRMÃO, for devasso, ou avarento, ou idólatra, ou maldizente, ou beberrão, ou roubador; com o tal, nem ainda comais. Porque, que tenho eu em julgar também os que estão de fora? NÃO JULGAIS VÓS OS QUE ESTÃO DENTRO? MAS DEUS JULGA OS QUE ESTÃO DE FORA. Tirai, pois, de entre vós, a esse iníquo” (1 Co 5:9-13 - grifos meus). Assim, considerando somente este parâmetro, me sinto mais a vontade em assistir a programação adúltera, homoafetiva e pagã da Emissora A do que a programação da Emissora B que tem os mesmos adjetivos, quando esta última Emissora TEM, ou deveria ter, COMPROMISSO com a fé de seus donos e de seus diretores! Ademais, o texto é claro: tenho autoridade e autonomia para julgar OS DE DENTRO, embora citem para mim, isoladamente e fora de contexto, Mateus 7:1 com o objetivo de me calar.

Uma coisa deve ser dita: o padrão de qualidade das novelas, minisséries e afins produzidos pela Emissora A — no quesito QUALIDADE, e não CONTEÚDO — dá um banho nas concorrentes. Por melhor que seja o conteúdo da minissérie veiculada pela Emissora B, com uma história extraída da Bíblia (apesar de que muita coisa extrabíblica foi usada na trama), a qualidade deixa muito a desejar, em vários aspectos.

Uma outra coisa para que chamamos a atenção de todos são os temas sociais que são expostos nas novelas da Emissora A, e a autora desta nova novela é especialista nisto. O tema da atualidade é TRÁFICO HUMANO. Neste aspecto, creio que esta novela tem muita coisa a nos mostrar desta triste, cruel e nojenta realidade de nossos dias. Homens e mulheres migram para fazendas dos rincões brasileiros com promessas de trabalho e bom salário, e encontram escravidão, senzalas e dívidas; mulheres também são traficadas aos montes para os países da Europa com propostas de trabalho como modelos e outros ramos, e são engaioladas no mercado da prostituição forçada. Este tema será abordado nesta novela, e nós, Igreja, não podemos nos dar ao luxo de boicotar uma novela por causa do título, ignorando seu conteúdo. Você pode optar por não assistir, mas tem que concordar com a relevância do tema!

É verdade que o título “Salve, Jorge” nos remete ao sincretismo religioso, ao Catolicismo, ao Candomblé e às demais religiões afro-brasileiras, como a Umbanda e a Quimbanda. Aliás, este tem sido o maior argumento apresentado para que os crentes não a assistam (observem que não há nenhum outro!). Pois bem. Alguém me explica por que os opositores se preocupam tanto com o nome da entidade afro-brasileira, mas não se preocupam com as PRÁTICAS das religiões afro? Ou não foram eles mesmos quem introduziram na “doutrina neopentecostal” símbolos e rituais das religiões afro?? Não são eles quem nos convidam para a Sessão do Descarrego nas sextas-feiras, orientando-nos a ir à Igreja vestidos de branco?? Não é nestas Igrejas aonde sal grosso, água “benta”, galhos de arruda, rosas ungidas e outros elementos do sincretismo são distribuídos aos fies (sempre por módicas quantias) como catalisadores do poder de Deus?? Não é nessas Igrejas aonde os demônios são tão valorizados que são entrevistados frente às câmeras de tevê, como se tivessem algo de bom a nos ensinar, como se não seguissem o mesmo padrão de mentira que o diabo? Se o diabo é chamado de pai da mentira por Jesus (Jo 8:44), o que tem ele e seus demônios de tão importante para nos transmitir, que recebem tratamento vip diante das câmeras e têm suas falas consideradas importantes para o ensino na Igreja?

A Igreja não deveria se levantar contra a rebeldia? Como, então, esta Emissora, de propriedade desta “igreja”, veicula em sua emissora uma novela chamada REBELDE, de gosto altamente duvidoso e fomentadora de costumes bem pouco cristãs no meio de nossos jovens? Título por título, prefiro o "Salve, Jorge" (que é apenas uma saudação, e por mais que seja usada nas religiões afro, pode ser usada dissociada da religião) do que "Rebelde", pois para mim rebeldia é ruim em qualquer lugar, qualquer Emissora, independentemente da religião!

Enfim, os militantes desta “grande Igreja” e defensores de sua emissora não têm autoridade e nem conduta cristã para julgar a programação da Emissora A, os títulos de suas novelas e muito menos seus pactos e compromissos feitos com seus deuses. Primeiro, precisará honrar a fé que dizem professar (como a Emissora A faz), mudar sua programação para algo que  seja coerente com o Cristianismo. Resumindo, eles devem tirar as traves de seus olhos, para poderem tirar o Jorge da Globo.

Repito o que falei em artigo anterior,sobre o mesmo tema: NÃO VOU ASSISTIR a esta novela. Pesei os prós e os contra, e não tenho o menor interesse em dedicar meu tempo a novelas. Mas vou acompanhar o debate acerca de seu tema social. E não vou julgar quem assistir ao citado folhetim. Afinal, gosto não se discute: se lamenta!

Em tempo: A Mafalda, embora seja uma criança e seja personagem fictícia, para mim é o símbolo desta celeuma toda. Ela sabe pensar, e deveriam os crentes se inspirar nela, usando o "célebro" só um pouquinho, de vez em quando...

quinta-feira, 25 de outubro de 2012

SALVE, CRENTE


Nas últimas semanas, a grande preocupação é convencer a todo o custo os crentes a não assistirem a nova novela da Globo. Implicaram com o nome da novela, que é o nome de um santo do sincretismo afro-católico.


Mas a coisa é exatamente assim... Previna-se o PROBLEMA, ao invés de prevenir A RAIZ do problema. É uma pena que as mesmas pessoas que se levantam contra a novela aproveitam-se do feriado de São Jorge no Rio de Janeiro. Outras, são ferrenhas em seus argumentos antiglobais, mas são torcedoras fanáticas do Corinthians, que tem como padroeiro... o mesmo São Jorge! Ou seja, sobra ensino e falta coerência... como sempre!

Sou a favor da liberdade do cristão. E do uso consciente desta liberdade! Faz-se necessário ensinar o povo a fazer boas escolhas. Não assistir a novela da Globo pode até ser boa escolha, mas não adiantará em nada se abster da novela e torcer freneticamente em cada paredão do próximo Big Brother!

O nome do santo para mim nada diz. Primeiro, não sou católico, e portanto não adoro e nem venero esta figura. Segundo, está sendo citado Jorge de Capadócia, que pela tradição foi um cristão genuíno. Terceiro, se o problema fosse o nome do santo deveríamos deixar de consumir produtos que tivessem nomes de santos; aqui aonde moro, os melhores café, por exemplo, são o SANTA CLARA e o SÃO BRAZ. Devo tomar cafés que não agradam meu paladar só porque os melhores têm nome de santos?? Quarto, tenho inúmeros amigos que têm o nome "Jorge", e vou continuar amigo deles independentemente de seus nomes! Quinto, não sou adepto de religiões afrobrasileiras; jamais vou usar a expressão "salve, Jorge" como saudação afro.

Você, como cristão, é LIVRE. Ninguém pode, além da Bíblia e da sua consciência, te proibir de assistir qualquer programação. Antes de dar ouvidos aos argumentos falaciosos dos opositores desta novela (que na verdade querem que vc não a assista para assistir à programação de OUTRA emissora), ouça o que diz a Bíblia:

"Ninguém vos domine a seu bel-prazer, com pretexto de humildade e culto dos anjos, metendo-se em coisas que não viu, estando debalde inchado na sua carnal compreensão, e não ligado à cabeça, da qual todo o corpo, provido e organizado pelas juntas e ligaduras, vai crescendo em aumento de Deus. Se, pois, estais mortos com Cristo, quanto aos rudimentos do mundo, por que vos carregam ainda de ordenanças, como se vivêsseis no mundo, tais como: não toques, não proves, não manuseies? As quais coisas todas perecem, pelo uso, segundo os preceitos e doutrinas dos homens; As quais têm, na verdade, alguma aparência de sabedoria, em devoção voluntária, humildade, e em disciplina do corpo, mas não são de valor algum, senão para a satisfação da carne" (Cl 2:18-23).

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas; mas eu não me deixarei dominar por nenhuma" (1 Co 6:12)

"Todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas convêm; todas as coisas me são lícitas, mas nem todas as coisas edificam" (1 Co 10:23).

"Permanecei, pois, firmes na liberdade com que Cristo nos libertou, e não torneis a meter-vos debaixo do jugo da servidão" (Gl 5:1).

"Portanto, quer comais, quer bebais, ou façais outra qualquer coisa, fazei tudo para glória de Deus" (1 Co 10:31).

Não só em relação a novelas globais, mas a qualquer programação televisiva, qualquer festividade ou evento a que for convidado, qualquer outra coisa que você for fazer, considere estes textos bíblicos que mostram que você é LIVRE, mas é responsável diante de Deus e dos homens pelas escolhas que fizer.

E para a sua informação: eu NÃO VOU assistir a esta novela. Conheço MUITO BEM a linha de novelas da Rede Globo, e esta linha não tem NADA a ensinar, nem a mim e nem à minha família. E não vou assistir à programação da OUTRA emissora também. Afinal, em ambas as programações, advirto às suas emissoras: meu cérebro, meus ouvidos e meus olhos NÃO SÃO PENICO.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

QUE JESUS É ESSE?


Thiago Fonseca

Quando olho para a cristandade, especificamente as denominações evangélicas, faço a mesma pergunta feita no título desta postagem: “Que Jesus é este?”. Faço esta pergunta questionando se o Jesus que vem sendo pregado é o Jesus das Escrituras.

Vejo um “Jesus” mordomo dos homens, um garçom que serve apenas para servir a todos e no fim levar os 10% de gorjeta, um "Jesus" que é um meio para alcançar nossos sonhos mesquinhos, um bonequinho que serve para satisfazer as vontades de nossa meninice.

São muitos “Jesuses”: "Jesus" Roqueiro com seus shows, "Jesus" Caipira com suas "genuínas" festinhas, "Jesus" Forrozeiro, promovendo o rala-coxa gospel, e muitos outros.

Isto é o homem tentando tornar Jesus mais atrativo, tentando dar uma mãozinha a Deus, a mesma mãozinha que Sara tentou dar a Deus quando disse para Abraão ter um filho com sua escrava, dizendo com isso ser a Palavra de Deus insuficiente quando esta havia lhe prometido um filho.

Enfim, este "Jesus" não é o Jesus Deus encontrado nas Escrituras, o Jesus Senhor Soberano, para o qual, e por meio do qual são feitas todas as coisas. O Jesus das Escrituras, a Palavra que se fez carne, o Evangelho de Deus é suficientemente poderoso para salvar o homem, a Sua Igreja não precisa de aparatos mundanos, nem mesmo de cristianizar o paganismo.

Igreja Evangélica Apóstata Romana, errais por não conhecerdes as Escrituras!

O Jesus das Escrituras, este sim é o verdadeiro Deus e a vida eterna, este que foi deixado do lado de fora (Apocalipse 3.20) por uma Igreja que pensa ter tudo e não precisar de nada. Ele está a porta e bate, as Suas ovelhas reconhecem a Sua voz, ouvem e seguem. A quem temos escutado, a quem ou ao que estamos seguindo?

Jesus é suficiente para a Sua Igreja!

Graça, paz e arrependimento sejam convosco.

Em Cristo,

terça-feira, 25 de setembro de 2012

CRENTES QUE ENJOARAM DO MANÁ

Renato Vargens - coletado em seu Blog (levemente adaptado)


E aconteceu que, queixou-se o povo falando o que era mal aos ouvidos do SENHOR; e ouvindo o SENHOR a sua ira se acendeu; e o fogo do SENHOR ardeu entre eles e consumiu os que estavam na última parte do arraial. Então o povo clamou a Moisés, e Moisés orou ao SENHOR, e o fogo se apagou. Pelo que chamou aquele lugar Taberá, porquanto o fogo do SENHOR se acendera entre eles. E o vulgo, que estava no meio deles, veio a ter grande desejo; pelo que os filhos de Israel tornaram a chorar, e disseram: Quem nos dará carne a comer? Lembramo-nos dos peixes que no Egito comíamos de graça; e dos pepinos, e dos melões, e dos porros, e das cebolas, e dos alhos. Mas agora a nossa alma se seca; coisa nenhuma há senão este maná diante dos nossos olhos. E era o maná como semente de coentro, e a sua cor como a cor de bdélio.”( Nm 11:1-7)

O que fez com que o povo de Israel a priori não herdasse a terra prometida, dentre outras coisas, foi o espírito de murmuração existente no arraial no período em que peregrinavam pelo deserto. Ora, a geração do deserto fôra uma geração de insatisfeitos. Nada os satisfazia, reclamavam de tudo e por tudo. Queixavam-se pela falta de carne, dizendo que no Egito comiam com fartura, resmungavam da escassez de água, da jornada cansativa, do calor do deserto, das dificuldades do caminho, como também do Maná que caía diariamente dos céus.

As Escrituras afirmam que durante o período que estiveram no deserto nada lhes faltou. Durante quarenta anos o Senhor providenciou tudo aquilo que precisavam. Entretanto, o povo movido pela insatisfação vivia reclamando.

Pois é, assim como nos dias de Moisés existem em nossos arraiais, inúmeros cristãos insatisfeitos com a providência divina. Tais pessoas movidas pela ganância de seus umbigos não se satisfazem mais com o maná vindo do céu. Para estas, o que importa é enricar e prosperar. No entanto, ao pensar desta maneira, tais indivíduos desprezam o cuidado diário do Senhor na concessão do pão nosso de cada dia, optando por um projeto de vida onde o que importa é enriquecer.

Eles querem mais!!! Há alguns dias presenciei (sem deixar de prestar atenção) uma conversa aonde alguém dizia que estava deixando a igreja do pastor X para ir à Igreja do pastor Y. O pastor X, dizia ele, era um homem que dominava as Escrituras, sua Igreja prezava pela doutrina... Mas ele estava cansado do mesmo, da rotina! Queria coisas novas! Na Igreja do pastor X os cultos eram sempre a mesma coisa, mas na Igreja do pastor Y os cultos sempre eram diferentes (embora ele mesmo tenha reconhecido que o pr. Y não dominava as Escrituras e a doutrina), cheios do "mover do Espírito"... Que fome maldita é essa, que nos leva ao Egito para comermos as carnes, as cebolas e os melões, desprezando o maná que todos os dias caía do céu??

Caro leitor, a teologia da prosperidade é um câncer para igreja. Ela corrói a sã doutrina impregnando no Corpo de Cristo, conceitos e valores absolutamente anticristãos, cuja proliferação pode levar a metástase.

Assusta-me o fato de que queiramos mais do que o necessário para viver. Nosso Senhor nos prometeu que ao nos relacionarmos com o Pai, nada nos faltaria. Ora, suas promessas apontam par a provisão e o sustento do Senhor para com cada um dos seus filhos. De certo, Deus nos prometeu uma vida digna, onde alimento, sustento, roupas, moradia e dignidade se fariam presentes, todavia, assim como o povo de Israel preferimos as cebolas do Egito.

Diante disto é inevitável não lembrar da exortação paulina: “Não ponhamos o Senhor a prova, como alguns deles fizeram e pereceram pelas mordeduras da serpentes. Nem murmureis como alguns deles murmuram, e foram destruídos pelo murmurador”. (I Coríntios 10:11)

Isto posto, rogo ao Senhor que nos livre da ganância, colocando em nosso coração um enorme sentimento de gratidão por tudo aquilo que Ele nos tem feito. Louvado seja o Senhor que tem cuidado de cada um de nós! Bendito seja Deus que diariamente tem trazido sustento as nossas vidas e famílias!

A Ele toda glória!

quarta-feira, 12 de setembro de 2012

LEVITANDO...



Durma-se com uma música neste volume!! 

Walter McAllister, bispo primaz da Igreja Cristã de Nova Vida (da qual já fui Membro, e posso testificar que se trata de homem sério e ilibado, comprometido com o Evangelho genuíno e reformado, assim como a Denominação que preside) denuncia em seu blog que foi notificado pelos órgãos de arrecadação de direitos autorais da obrigatoriedade de recolhimento da anuidade dos direitos sobre as músicas cantadas durante os cultos! Foi solicitado o levantamento do número de Membros da Igreja, e a cobrança será feita baseada nestes números. E para os que só acreditam vendo, o documento de notificação foi devidamente publicado, comprovando a cobrança, e até uma lista preliminar dos “Adoradores” que autorizaram tal cobrança em seus nomes já surgiu, trazendo-me pessoalmente decepções sem tamanho, ao citar nomes como Asaph Borba e Paulo Cézar Baruk... Os demais, não me surpreenderam!


Acima - cópia da Notificação recebida pela Igreja Cristã de Nova Vida 
Abaixo - printscreen no Mural do Bispo MacAllister, com a famigerada "lista"


As Igrejas em geral não desenvolvem atividades com fins lucrativos (embora saibamos que MUITAS Igrejas em nossos dias tenham real e inegavelmente fins ALTAMENTE LUCRATIVOS, e talvez tenha sido por isso mesmo que os “Adoradores” acordaram para arrecadarem seus “direitos”...). Contudo, mesmo diante deste fato os “Adoradores da Geração Laodicéia”, cantores e compositores, querem sua fatia de dinheiro pela execução de suas obras nos cultos. 

Não pretendo discorrer sobre o mérito do assunto. Para mim, o bispo McAllister já o fez de forma coerente e brilhante, como lhe é peculiar. Quero, entretanto, fazer uma análise da situação, que está cada vez mais difícil para os amantes do Evangelho puro e simples. Ser cantor e/ou compositor “evangélico” há muito deixou de ser um Ministério, e passou a ser um negócio dos mais lucrativos!

O centro do show business evangélico não é o Senhor Jesus. Qualquer pessoa sensata que analise a situação sem paixões, de forma fria e lógica, perceberá que o grande centro são os astros! Um pouco antes de começar os shows, podemos ouvir a plateia em êxtase, gritando “Fulano(a), cadê  você?? Eu vim aqui só pra te ver!!”. Quando os “astros” pisam no palco, os “crentes” gritam histericamente pelos seus ídolos, choram e dão chiliques de tiete...  Até dentro das Igrejas isto se tornou corriqueiro! Os aplausos são visivelmente direcionados aos “ídolos”, e não a Deus. Lamentavelmente, estes “ídolos” aceitam alegremente tais manifestações, já que elas massageiam-lhes o ego, ao invés de corrigir a atitude errada e idólatra de seus expectadores, conduzindo-os à verdadeira adoração a Deus, Único digno de louvor. 

Salvo raríssimas exceções, a reverência foi completamente abolida do ambiente do show, seja o ar livre, uma casa de espetáculos ou mesmo o interior de uma Igreja. A Bíblia, antes presente em todos os eventos promovidos pelos evangélicos, foi estrategicamente retirada do ambiente! São poucos os que ainda dão uma pausa no show para pregar a Palavra de Deus, ou quando o fazem dedicam tão pouco tempo e importância a ela que visivelmente se percebe que se trata de uma intrusa! O “astro” é o personagem principal, e é para ele que se voltam todas as atenções, todos os holofotes, toda a glória e todo o aplauso. A arrogância deste “astro” muitas vezes pode ser medida pela recusa de fazer uma simples gentileza, como cantar uma música extra, pois o combinado e o cachê pago foram para uma hora de show, e mais nada... As apresentações são contratadas a peso de ouro, e tudo é acertado em termos de tempo de show, ou em número de músicas a serem cantadas. Disto não passa! 

Finalmente, o lucro entra em cena, lado a lado com o “astro”. Ficamos na dúvida de quem realmente é adorado nestes eventos gospel: Jesus ou Mamom. Os músicos-astros não sobem no palco antes de terem o pagamento do seu gordo cachê devidamente confirmado. Afinal, vieram para um show, e não para adorar a Deus! Os contratos só são assinados após pelo menos 50% do cachê ser pago antecipadamente. Conhecemos casos de shows que foram cancelados com o “astro” no camarim, ou tiveram sua duração reduzida por falta do pagamento do restante do cachê (aqui onde moro, um famoso cantor gospel baiano reduziu seu show de uma hora para quarenta minutos porque o cachê não foi pago integralmente). Cantores e bandas, que antes se ofereciam para cantar de graça nas igrejas e em seus eventos, hoje só cantam em troca de vultosas quantias. Quando vejo um cantor famoso ou um grupo renomado pedirem cifras próximas ou até superiores a R$ 100 mil para se apresentar em um evento (fora passagens aéreas para toda a equipe, equipamento de som e iluminação, transporte local, hotel de tantas estrelas, alimentação e alguns outros mimos), fico perguntando o que está havendo com a  Igreja, que  se  submete a tais  caprichos e não abre os olhos diante de tanto afastamento do louvor puro...

O pr. Ciro Sanches Zibordi, discorrendo em seu blog sobre o tema “EU DIGO ‘NÃO’ AO SHOW GOSPEL — E VOCÊ?” disse com muita propriedade: “É bonito cantar ‘acabe o show, restaura o louvor’, mas os próprios adoradores-astros que dizem isso são os primeiros a incentivarem os shows, confundindo-os com os cultos a Deus”.

Mas tudo isso (inclusive a recente cobrança de direitos autorais) é fruto de erros cometidos pela própria Igreja! Hoje estamos pagando por posturas e decisões passadas e presentes. Aquilo que o homem planta — é bíblico! — certamente ceifará, e a hora da “colheita maldita” chegou. Analisem se o que vivemos hoje é ou não fruto de erros cometidos pela própria Igreja:

O primeiro grande erro da Igreja foi, em nome de uma modernidade perniciosa e mundana, abolir os hinários tradicionais. Alguns batistas mais jovens já chamam o seu Cantor Cristão de “preto velho”, num desrespeito não só ao hinário, mas aos homens e mulheres de Deus que compuseram seus belos hinos. A Harpa Cristã, que é adotada na Denominação aonde congrego, tem belos e cristocêntricos hinos, compostos por homens e mulheres de Deus do naipe de Paulo Leivas Macalão, Gunnar Vingren, Frida Vingren e outros. Estes são de uma geração aonde se adorava a Deus sem se preocupar com as prebendas. Era motivo de grande honra para um compositor crente ter seus hinos cantados por uma Denominação inteira, ou gravados por algum cantor evangélico. Nunca se pensou, naquela geração, em se ganhar dinheiro à custa de louvores...

O segundo erro foi a elevação de cantores, bandas, compositores e gravadoras a posições estratosféricas. Estes “elementos” se tornaram maiores que o culto, maiores que a própria Igreja. São idolatrados em nosso meio! Querem ver um vespeiro em alvoroço? Falem mal de grupos como o Diante do Trono ou da “famiglia Valadão”, e levantar-se-ão milhares de tietes e idólatras para defendê-los com unhas, dentes, chiliques, garras e armas! Não importa o erro, a blasfêmia, a afirmação antibíblica, a falsa doutrina. Eles estão acima de tudo: do bom senso, da Igreja, das Escrituras, do próprio Deus!

O terceiro erro foi aceitarem a cobrança de cachês elevados por estes cantores e grupos. Acostumamos os mesmos a gostar de dinheiro, e mais dinheiro, e mais dinheiro, alimentamos a sanguessuga, que a Bíblia afirma ter duas filhas: “Dá, Dá!” (Pv 30:15), e agora queremos reclamar? Bandas famosas chegam a cobrar cachês de R$ 100 mil ou mais para se apresentar (e continuarão a cobrar, e cobrarão mais, enquanto houver quem pague!). Cantores, mesmo alguns de pequena envergadura, já cobram entre R$ 3 mil e R$ 5 mil para ir a um evento e cantar três ou quatro hinos com playback! Criando fama, dobram-se, ou triplicam-se, ou quadriplicam-se os cachês! Isto sem falar na exigência de hotéis de tantas estrelas, carro à disposição, fartas refeições em excelentes e caros restaurantes... Conheço cantores “gospel” que pedem até uísque doze anos! Chegam ao evento na hora de cantar, cantam e saem imediatamente após cumprirem o acordado! Não participam do Culto; cumprem um Contrato!

Senhores “Adoradores”, “Compositores Inspirados por Deus”, “Bandas”, “Levitas” e “Ministros de Louvor”, ungidos (sic!) por Deus para ministrar diante do altar assim como Davi, Asafe e outros grandes adoradores do passado: a qual deus vocês estão adorando, senão a Mamom? É pouco o dinheiro que os senhores ganham com a venda de CDs e apresentações em “shows”? Não questionamos a arrecadação dos direitos autorais dos senhores nas execuções de suas músicas nas rádios e em eventos de cunho lucrativo, mas em cultos e em eventos não lucrativos já é demais! É muita usura para quem se autoentitula “Adorador em Espírito e em Verdade”, Membro emérito de uma “Geração de Adoradores”! 

Finalizo com alguns avisos e pedidos direcionados às lideranças e aos crentes em geral:

1. Nem se preocupem... A lista de “Adoradores” que autorizou a cobrança de seus direitos autorais irá diminuir gradativamente, até não restar mais nenhum nome. O poder das redes sociais é grande, a pressão já começou e em breve nenhum deles quererá associar seu nome a Mamom, embora seus frutos os associem indelevelmente, como irmãos siameses!

2. Cabe a nós analisarmos a lista AGORA, enquanto está fresquinha e com TODOS os nomes incluídos. Grupos de louvor das Igrejas locais, prestem bastante atenção a estes “Adoradores”, e exclua-os de seu repertório. Tenham vergonha na cara! Eu, como um dos líderes de louvor da Igreja aonde congrego, já alertei o grupo para sermos seletivos e radicais neste aspecto.

3. Pastores e Líderes, deem desprezo a estes cantores e bandas! Não os convidem para suas Igrejas e para os eventos por elas promovidos! Deixem de pagar os cachês absurdos que são cobrados, e deixem de mimar estes aproveitadores!

4. Crentes em geral, larguem de ser idólatras! Como bem disse João, apóstolo do amor:  “Filhinhos, guardai-vos dos ídolos!” (1 Jo 5:21). Passem a adorar a Deus, e não a cantores e compositores inescrupulosos, que na verdade só têm a Deus como expediente para enriquecerem e se tornarem famosos e importantes, e a Igreja como meio de enriquecimento!

5. Crentes em geral (2), boicotem estes “Adoradores” que insistem (lembrem-se: analisem as listas originais!) em cobrar direitos autorais das Igrejas! Não assistam a seus shows; reclame com seu Pastor se eles forem contratados para algum evento das suas Igrejas. Alguém tem que ensinar a estes “Adoradores” a adorar o verdadeiro Deus, e não a Mamom. Que eles aprendam na marra, então...

6. Crentes em geral (3), aprendam a ser seletivos naquilo que ouvem e cantam!! Procurem cantar hinos cristocêntricos, de cantores e compositores que almejem somente adorar a Deus! Abominem os adoradores de Mamom, para seu próprio bem e para o bem da Igreja!

7. Voltemos às origens! Resgatemos nossos hinários tradicionais! Se não gostamos da lentidão dos hinos, de seus arranjos, estejam livres para dar-lhes novo andamento, novo arranjo, novos ritmos, nova roupagem. Fiquem tranquilos! Seus autores eram crentes de verdade, adoradores legítimos, e os que porventura ainda estejam vivos não se preocuparão com tais mudanças, e muito menos cobrarão qualquer direito autoral!

Permaneçamos vigilantes! Ou em breve nos cobrarão taxas até do ar que respiramos!


EM TEMPO: Transcrevo aqui notícia URGENTE publicada no mural do meu amigo Lucas Porto:

O Rei e Salmista Davi e seu parceiro Asafe anunciaram agora pouco que entraram com recurso junto ao ECAD e o MP Federal cobrando direitos autorais de todos aqueles que já utilizaram de seus trechos de salmos em músicas e poesias e afins. "É UM DESACATO A NOSSA 'UNÇÃO'" disse o filho mais novo de Jesse...

sábado, 1 de setembro de 2012

SOBRE OS FALSOS PROFETAS


Amados, enquanto eu empregava toda a diligência para escrever-vos acerca da salvação que nos é comum, senti a necessidade de vos escrever, exortando-vos a pelejar pela fé que de uma vez para sempre
foi entregue aos santos.” (Judas 3)
.
Recentemente, eu estive navegando nas páginas do Orkut, o maior site de relacionamentos da rede mundial de computadores, e encontrei uma Comunidade que se propõe a discutir a respeito do famoso (e controvertido) pregador Benny Hinn, e fui motivado a participar da discussão em um de seus tópicos. Senti-me motivado a transcrever a resposta que postei por lá, aqui no blog (com pequenas alterações), pois creio que este canal de comunicação que o Senhor entregou nas minhas mãos também pode e deve ser usado como uma voz apologética. Que Deus se digne de usar as palavras seguintes para trazer luz aos corações confusos e desalentados pelos falsos ensinos deste homem! Assim seja!


BENNY HINN É UM FALSO PROFETA!
Bom, pessoal, quero deixar aqui a minha opinião quanto ao questionamento que dá título a este tópico. Posso sem dúvida alguma expressar a minha opinião de que Benny Hinn é, sim, um falso profeta, levando-se em conta o padrão bíblico, e tenho algumas coisas a expressar a respeito disso.
Quando nós, cristãos protestantes, pentecostais, somos perguntados acerca de alguns pseudo-profetas que fundaram algumas das seitas que nós conhecemos hoje, tais como a dos Adventistas do Sétimo Dia (Ellen G. White), os Santos dos Últimos Dias, mais conhecidos como os Mórmons (Joseph Smith), ou as Testemunhas de Jeová (Charles Taze Russell), entre outros, se estes seriam falsos profetas ou não, a maioria de nós não tem qualquer problema em afirmar que SIM! Entretanto, quando se trata dos "profetas da casa", isto é, daqueles que se levantaram em nosso meio, ou que se declaram "pentecostais" como nós (ou que pregam alguns pontos em comum com o Pentecostalismo), agimos de forma diferente, e damos um monte de desculpas tais como as que foram apresentadas neste debate (tais como "Não devemos julgar" e "Não toqueis em Meus ungidos")...
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Mas por que isto? Ora, a Bíblia nos ensina que não devemos usar "dois pesos e duas medidas" (Provérbios 20:10), então me respondam o seguinte: Se Ellen G. White é uma falsa profetisa, por ter proferido falsas profecias e ensinado falsas doutrinas, doutrinas estas que ferem frontalmente a Palavra de Deus, por que Benny Hinn não pode ser considerado falso profeta, se ele fez e faz o mesmo? Por que isto? Só por causa da filiação religiosa do profeta em questão?
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O que faz de alguém um falso profeta não é a que denominação religiosa ele pertence, mas suas obras (livros, programas de TV, profecias, etc) e o conteúdo de suas pregações, pois como a Palavra de Deus nos ensina, haveria grande apostasia no final dos tempos! E por isso devemos, sim, estar atentos!
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Assim como os crentes bereanos (Atos 17:10,11)! Se o apóstolo Paulo foi provado, juntamente com Silas, tiveram que passar pelo crivo do exame minucioso das Escrituras Sagradas, porque não Benny Hinn?
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FALSO PROFETA, SIM!
Bem, o que Benny Hinn tem ensinado aos seus ouvintes? Fazendo um apanhado geral de toda a sua obra, vemos que ele tem se destacado como um dos principais expoentes da chamada "
Teologia da Prosperidade", que prega entre outras coisas: que o crente não pode ficar doente (e se ficar, isto se resume ao fato de que não teve fé suficiente para “tomar posse” da sua plena saúde, ou que pode estar vivendo em algum pecado oculto); que o crente tem que ser muito rico, isto é, ser próspero, aqui e agora (chegando as vias de fato de afirmar que Cristo enquanto esteve neste mundo viveu uma vida de riquezas e ostentação, sem qualquer respaldo bíblico); que nós temos o direito de "exigir" de Deus os nossos "direitos", que são a cura de todas as enfermidades, físicas e emocionais, a prosperidade financeira (o Evangelho do Capitalismo!), a viver como um "super-crente". Seus "cultos" são um verdadeiro espetáculo de "demonstrações de poder" que somente exaltam o Homem (que é visto como aquele que tem a "Unção", e é dele que a "Unção" vem sobre as pessoas, quando este impõe suas mãos, ou lançam sobre eles seus pertences pessoais), coisas que fogem do que a Bíblia ensina!
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Não temos o direito de exigir nada de Deus, e como homens mortais que somos, temos que pedir-lhe o que nos é necessário com humildade e sinceridade, como o nosso Senhor Jesus nos ensinou, na Oração do "Pai Nosso"! Não como Benny Hinn e os "profetas da prosperidade" ensinam, exigindo que Ele nos cure, nos traga dinheiro, poder, fama ou privilégios especiais!
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Enfim, temos que estar atentos, sim, a estes ensinamentos, e rejeitá-los, em nome de Jesus! E quanto aos que assim dizem: "Mas eu li o livro 'Bom Dia, Espírito Santo', ou o 'Bem-Vindo, Espírito Santo', e eles não contém estas heresias, este livro me abençoou, me edificou!", tenho a dizer-lhes o seguinte: a maioria dos seus admiradores apenas conhece estes dois livros, que são seus livros mais divulgados aqui no Brasil, porém, eles não representam nem 10% da obra do Benny Hinn, e para conhecer melhor esta sua obra, é necessário conhecer seus outros livros (alguns ainda não traduzidos para o português) e o conteúdo de suas declarações nos programas de televisão nos EUA (amplamente documentados na obra "Cristianismo em Crise", da Casa Publicadora das Assembléias de Deus), e de suas pregações nas Cruzadas ao redor do mundo!
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E parte deste material que mencionei anteriormente, já foi 
divulgado aqui neste tópico, e tem muito mais na Internet, quem desejar pode pesquisar a respeito, não existe nenhuma desculpa para permanecer na ignorância dos fatos.
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COM CERTEZA, BENNY HINN É UM DOS FALSOS PROFETAS!
Em relação aos livros que mencionei, os dois mais conhecidos do autor, deixem-me fazer a seguinte comparação: Se você algum leitor menos atento pegar alguns livros de Ellen G. White (a profetisa do Adventismo do Sétimo Dia), tais como "Caminho ao Redentor", "O Desejado de Todas as Nações", "A Ciência do Bem-Viver", etc. certamente que quase não encontrará heresias neles. Alguns destes livros até podem ser confundidos com "livros evangélicos" de um escritor qualquer, pois o conteúdo de suas mensagens é mais devocional que teológico propriamente dito. O mesmo ocorre com "Bom Dia, Espírito Santo" e "Bem-Vindo, Espírito Santo"! São leituras devocionais, e não dogmáticas, que tratam sobre as supostas experiências do autor com a Terceira Pessoa da Trindade, porém os erros letais do ministério de Benny Hinn não se encontra nestes livros, e sim em outras de suas obras!
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Porém, desejo acrescentar ainda mais algo: o que me perturba nestas duas obras é que você passa a querer ter "exatamente" o mesmo tipo de experiências que o autor afirma que teve; lembro-me bem que quando li o "Bom Dia, Espírito Santo" há uns dez ou quinze anos atrás, eu passei a querer fazer exatamente o que o autor sugere: ao levantar de manhã, dizer "bom dia, Espírito Santo"! Só que isto é uma coisa entre ele e Deus, não fazia parte da minha intimidade com Deus, já que eu já estava acostumado a orar todas as manhãs, de uma forma, digamos, mais convencional... Será que Deus me ouvia menos, ou me abençoava menos, porque eu não dizia as "palavrinhas mágicas"? Tenho certeza de que se tornou exatamente isso, para muita gente que leu o livro na época (e mesmo hoje em dia), e ele nem era conhecido aqui no Brasil! Mas este seu primeiro livro foi muito "impactante" mesmo (sem ironia!) para sua popularização por aqui, em terras tupiniquins!
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BENNY HINN É UM PROFETA DO PSEUDO-AVIVAMENTO!
Para finalizar estes meus breves comentários, deixo uma palavra aos admiradores de Benny Hinn, e também aos seus críticos. A Bíblia nos ensina: “Julgai todas as coisas e retende o que é bom” (I Tessalonicenses 5:21).
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Vi algumas atitudes de vários irmãos aqui neste tópico que muito me entristeceram, um chegou a pedir que ele fosse apagado e trocado por outro que só falasse bem de Benny Hinn (vê se pode!), como se aos contrários fosse negado o direito de opinar! Isto é ou não um Fórum de debates? Me entristece é saber que boa parte dos cristãos tem receio de debaterem, de terem questionadas as suas "verdades", de terem que até mesmo reconhecer que estavam enganados, e para isto, muitos preferem não tomar conhecimento de questões que envolvem aquela determinada situação, usando (e abusando) de textos bíblicos (fora de seus contextos evidentemente), que se tornam pretextos para não pensar, não permitir que suas opiniões a respeito de Benny Hinn ou de qualquer outra coisa possam mudar, como se estas coisas fossem essenciais à sua salvação e à de outros. Desde quando concordar com Benny Hinn é pré-requisito para ser salvo, gente? A que ponto chegamos!!! Outros chegam a lançar maldições (!) em seus opositores ideológicos, tal como o próprio Benny Hinn já o fez, dizendo que ficarão enfermos, ou que parentes seus morrerão! Irmãos, desde quando o crente está autorizado a amaldiçoar os outros? Tiago 3:10 diz que "da mesma boca procede bênção e maldição. Não convém, meus irmãos, que se faça assim." Preciso dizer algo mais a respeito disso?
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Infelizmente, o quadro é este! O ministério de Benny Hinn tem sido um catalisador de grandes divisões no Corpo de Cristo ao redor do mundo! Provérbios 6:16-19 diz: "Seis coisas o SENHOR aborrece e a sétima a sua alma abomina: olhos altivos, língua mentirosa, mãos que derramam sangue inocente, coração que trama projetos iníquos, pés que se apressam a correr para o mal, testemunha falsa que profere mentiras e o que semeia contendas entre irmãos."
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Fiquem na paz d'Ele!
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ANDRÉ DE ARAÚJO NEVES
Assembléia de Deus Central de Porto Velho/RO - Ministério de Madureira
Coletado do blog do autor:  http://reflexoes-biblicas.blogspot.com.br/2008/07/benny-hinn-e-os-profetas-da-teologia-da.html

terça-feira, 21 de agosto de 2012

ANTI-TEOLOGIA

Dizer "deixemos a teologia, e vamos pregar!" é tão inteligente quanto dizer "deixemos os pedreiros, os engenheiros e os arquitetos, as plantas e os cálculos, e vamos construir a casa!"

A cada dia que se passa, com o aumento dos "mestres" no mundo (previsto por Cristo e pelos Seus apóstolos), que procuram guiar suas ovelhas por suas revelações, e não pelos princípios imutáveis da Palavra de Deus, vemos proliferar uma onda anti-teologia em nossas igrejas que é de estarrecer. Dizem que a teologia anula a unção de Deus, desprezando completamente qualquer preparo acadêmico de pastores e líderes.

As pessoas chegam ao extremo de discriminar estudantes de teologia. Lembro-me que certa vez, aproximando-me de uma igreja existente no meu bairro, de renome nacional, com o intuito de me tornar membro, quando informei ao pastor, uma pessoa aparentemente centrada e equilibrada, que já fora estudante de Teologia no passado, vi suas feições serem momentaneamente dominadas por um discreto sinal de asco e desprezo. 

Não venho, absolutamente, defender neste espaço a teologia em detrimento da unção. É evidente que a unção de Deus é a principal ferramenta que Ele concede aos seus no trabalho de edificação do Reino. Mas não é a única. O preparo teológico também é ferramenta importante.

Eu imagino estas duas ferramentas como os meus dois braços. Sou destro, mas por favor não me amputem o braço esquerdo! Desta forma, ficarei mutilado e incapaz de fazer muitas coisas que faço obrigatoriamente com ambos os braços, como por exemplo tocar meu violão. A unção de Deus faz-nos o papel do braço principal (para os destros, o braço direito; para os canhotos, o esquerdo), e a teologia faz o papel do braço secundário. Não resta dúvida que teologia sem unção é mera retórica, mas a unção sem a teologia não me parece nem de longe espiritualidade (como muitos querem fazer parecer), e sim irresponsabilidade, incompetência e falta de respeito com a igreja de Deus.

Hoje, muitos pastores e líderes falam de púlpito seu nojo pela teologia, chegam a se gloriar da própria ignorância. Menosprezam assim uma importante ferramenta que Deus deixou, e que nos serve para impedir a proliferação de doutrinas estranhas no seio da igreja. Menosprezam os pais da igreja, os apóstolos, os reformadores... Menosprezam, a meu ver, o próprio Deus, que capacitou homens santos para fazer o compêndio teológico maior, a Bíblia, da forma que Ele a fez e preservou para nós. Menospreza Jesus Cristo, o primeiro a debater teologia cristã, aos doze anos de idade, com os doutores da lei em Jerusalém...

Compreendo que há alguns pensamentos teológicos que são duros de engolir, e muitas vezes são estes tipos de teologia que fazem com que os que se autodenominam "espirituais" se afastem da letra. Contudo, a generalização é perigosa. Não podemos menosprezar a Teologia Bíblica ou a Teologia Sistemática somente porque determinadas vertentes teológicas não nos agradam.

Ademais, muitos se afastam estrategicamente da boa teologia exatamente porque é ela quem limita as ações errôneas de quem quer dominar a Igreja sob o cajado de seus achismos e suas revelações. 

Com o gradativo desprezo e abandono da teologia, mormente a bíblica e a sistemática, a igreja tem se tornado vulnerável, distante da Palavra de Deus, a ponto de surgirem a cada dia novas doutrinas estranhas em nosso meio, tudo em nome da revelação, da unção e da espiritualidade, mas não passa de uma prática irresponsável, de pessoas que falam muitas vezes do que pouco (ou nada) entendem. Se os "anti-teologia" conseguissem enxergar esta verdade, seriam os primeiros a defender a sã doutrina contra os ataques desta nefasta onda de "teologiofobia".

A letra mata - o espírito vivifica

Lamentavelmente, a teologia é letra. Não há outra opção, pois a teologia é o ensino de matérias acerca de Deus. E não podemos desprezar a letra somente porque é letra. Se assim fora, jogaríamos fora as nossas Bíblias, pois também são letras, e necessitamos da unção de Deus para compreendê-la, aliando com um pouco de conhecimento.

Desde os tempos do AT, já existiam os "seminários", que eram as escolas de profetas de antigamente (nos tempos de Samuel, Elias e Eliseu), que nos mostram que até os profetas devem aprender a "dominar" o dom que Deus lhes deu, a fim de exercer corretamente o seu ministério (aliás, a quantidade de profetas modernos que não sabem como usar o dom que lhe foi dado por Deus assusta! Meu amigo pr. Wanderlei chama o domínio dos dons do Espírito Santo de "educação espiritual"). Apolo era um homem cheio da unção de Deus, mas  quando Priscila e Áquila o conheceram vendo-o pregar aos judeus, perceberam a unção de Deus existente em sua vida, mas observaram a ausência da teologia. Imediatamente o levaram para o "seminário", para que aprendesse mais pontualmente acerca das coisas de Deus (At 18.24 ss). Mero detalhe, ou condição importante para se exercer um ministério frutífero?

Não podemos, absolutamente, colocar nenhum curso teológico acima da unção de Deus. Mas é exatamente a ausência da Teologia que gera esta onda de falsas doutrinas dentro da igreja em nossos dias.

Contudo, quando menciono este assunto não me refiro unicamente aos seminários. A igreja em si deveria valorizar mais a teologia. Eu sei que existem muitas vertentes teológicas estranhas por aí, mas eu me contentaria com a igreja valorizando e ensinando em suas EBD pelo menos a Teologia Sistemática e a Teologia Bíblica.

Como se tornar um Pastor sem fazer força

Em 1986 eu entrei para o Seminário (Instituto Bíblico Betel Brasileiro, em João Pessoa, PB, um dos mais antigos e conceituados do Brasil) com a pretensão de ser pastor. Para início de conversa, eram necessários quatro anos de curso para poder se formar no curso de Bacharel em Teologia (e até hoje qualquer seminário sério não tem este curso em menos de 3 ou 4 anos). Após o curso, ainda havia uma monografia que precisava ser apresentada perante uma banca de professores, para se poder colar o grau. Após a aprovação da monografia e colação de grau, as denominações da época só aceitavam ordenar um pastor após uma avaliação perante uma banca examinadora de pastores, onde toda a bagagem doutrinária e teológica era avaliada pormenorizadamente. Conheço muitos que não passaram de primeira! Muitos tremiam de medo ante a ideia da banca examinadora...

Só para termos noção de como a teologia é valorizada na ICAR, um padre, se não me falha a memória, estuda teologia, obrigatoriamente, por 6 anos! Já nas vertentes neo-pentecostais, não precisa nem ser alfabetizado... Como bem diz o pr. Estevam Fernandes (não é o Hernandez!), da Primeira Igreja Batista de João Pessoa, são "pessoas que aprendem a dar um nó de gravata e já se autodenominam e auto-ordenam pastores".

O que se buscava com tamanha rigidez nos tempos mais antigos? Exatamente evitar a todo custo o que vemos por aí nos dias atuais: uma penca de "pastores" despreparados, que desconhecem e desprezam a teologia, que não conhecem nem mesmo a língua portuguesa e que não sabem nem mesmo explicar as doutrinas básicas do Cristianismo. Acreditem: conheço pastores que, em relação à Ceia do Senhor, adotam a mesma doutrina Católica da transubstanciação...

Hoje, já existem cursos de Doutorado em Telogia por correspondência, e com menos de seis meses de estudo! Nem preciso comentar...

Associado à onda de anti-teologia, o que vemos em relação aos cursos teológicos modernos? Falta de vergonha de muita gente por aí, e a falta de uma legislação séria que regularize não somente o curso teológico, mas também a "profissão" de pastor evangélico (sim, irmãos, profissão... Pequenas Igrejas, Grandes Negócios...), assim como a abertura de igrejas a bel prazer dos seus "pastores-fundadores", a grande maioria dissidentes de ministérios, após discordarem da sua liderança, rebelarem-se e darem vazão à sua ânsia de poder eclesiástico.

Há algum tempo um diácono conhecido meu fundou sua própria igreja. Nada de pessoal contra o irmão. Contudo, ele é semi-analfabeto, não sabe pregar, nem cantar sabe... Já ouvi ele pregando barbaridades no púlpito, tudo em nome de uma pretensa unção vinda do alto e de uma revelação onde Deus o orientou a fundar a nova igreja... Como se o Evangelho não estivesse esfacelado o suficiente... Ah, e antes que eu me esqueça: ele em pouquíssimo tempo encontrou um amigo que o ungiu pastor! Sei que alguém vai dizer: " - Meu irmão, ele está ganhando almas para Jesus!". E eu respondo: não tenho tanta certeza assim, embora a cada dia aumente o número de membros de sua igreja... Basta comparar a situação à parábola do guia cego: "E dizia-lhes uma parábola: Pode porventura o cego guiar o cego? Não cairão ambos na cova?" (Lc 6:39).  Ganhar almas para Jesus e desencaminhá-las para o erro teológico cabe perfeitamente nesta carapuça! Santa anti-teologia, Batman!