terça-feira, 8 de maio de 2018

O JESUS FOLCLÓRICO


Sim, infelizmente o "jesus" que é seguido hoje pela maioria dos que fazem parte da "igreja" é um "jesus folclórico", criado pelas próprias pessoas que o seguem. Assim como os primeiros habitantes desta terra adoravam o sol, a lua, o trovão, o relâmpago e as demais manifestações da natureza, o brasileiro (na verdade, o fenômeno é observado em todas as nações) segue a um jesus criado em sua própria imaginação.

E não me refiro ao Jesus loiro, caucasiano, de olhos azuis e cabelos longos (além de outras características muito improváveis a um judeu). Este fenótipo, dentre as "folcloricidades" criadas para o Messias, é a mais inofensiva! O problema é o seu caráter!

Segue-se a um "jesus" que é perfeitamente possível suborná-lo, ou comprá-lo, por dinheiro. Seus milagres têm um custo: a fé. A fé tem um meio de ser "provada" ou demonstrada: o dinheiro. Quanto mais dinheiro você der, mais o "jesus folclórico" vai te ouvir, e responder na proporção da cifra doada! Parece um deus animista, onde quanto maior é a oferenda, maior é o benefício dado pela divindade!

Segue-se a um "jesus" sem caráter. Este "jesus" não se importa em fazer um funcionário de banco errar em um depósito bancário de milhares de reais, depositando-o na conta dos seus seguidores "fieis". O empregado que sai da empresa com um malote para depositar na conta da empresa, este "jesus" não se constrange em fazê-lo cometer um erro grave e grosseiro, creditando a soma na conta dos que o seguem.

Segue-se a um "jesus" que não tem o menor escrúpulo em desfazer casamentos e famílias, porque supostamente tem uma mulher (ou um marido) melhor (e mais jovem) para seus seguidores fieis. Para este "jesus", o que vale é ser feliz, nem que seja às custas da infelicidade do cônjuge, filhos, familiares...

Segue-se a um "jesus" amoroso ao extremo, tanto que aceita, suporta, tolera e até incentiva que seus seguidores vivam, ajam, procedam de acordo com suas próprias vontades, quereres, inclinações e achismos, mesmo que tais ações sejam frontalmente antagônicos a qualquer parâmetro de santidade. Muitas destas práticas, até uma fatia do próprio mundo abomina, mas "jesus" não! É o "jesus" que ama tanto, que não precisa abandonar pecados, mas basta justificá-los!

Este "jesus" é muito diferente do Jesus descrito nas Escrituras, o Jesus com "J" maiúsculo. Para o Jesus verdadeiro, não é qualquer um que pode ser Seu discípulo, mas o que nega-se a si mesmo, toma a cruz e segue-O (Mt 16:24-26). O Jesus verdadeiro reflete todos os atributos do Pai e, por isso, exige perfeição dos Seus discípulos (Mt 5:48), exige um padrão de justiça (Mt 5:20). O Jesus verdadeiro tem caráter, princípios, e quer que Seus seguidores O imitem, sejam iguais ao Seu Mestre (Mt 10:25). O Jesus verdadeiro é justo e não comete erros! Estou, obviamente, me referindo ao Jesus bíblico!!

O "jesus folclórico" explica muita coisa...

Explica o porquê do verdadeiro Jesus ter dito que, na Sua vinda, dificilmente acharia fé na terra (Lc 18:8)... Fé no "jesus folclórico" nunca foi e nunca será fé... O próprio Jesus afirmou que "surgirão falsos cristos ... muitos virão em meu nome, dizendo: Eu sou o Cristo; e enganarão a muitos" (Mt 24:4-5, 23-25)

Também explica o porquê de muitos, muitos homens, que se afirmam "pastores" e "homens de Deus", quererem desmoralizar as Escrituras. Relativize-as, minimize-as, desmoralize-as, e a criação do "jesus folclórico" pode ser justificada!

Também explica as "igrejas" cheias de gente vazia. Um "jesus" que nada exige, certamente será seguido por uma multidão. O caminho e a porta estreitos não atraem. Os largos, sim.

Finalmente, crer neste "jesus folclórico" dá uma sensação de imensa segurança religiosa, mesmo em uma vida absolutamente dissociada do Jesus verdadeiro, afastada do padrão proposto nas Escrituras. Estamos bem enquanto membros de uma "igreja", dizimistas fieis, e disseminadores da ideia do "jesus folclórico", que nem em sombra pode ser visto nas Escrituras, mas é um "jesus" para cada mente, para cada "crente"! Muito mais fácil de ser aceito, já que nos aceita sem exigir qualquer mudança de caráter. Se "ele" não tem, não pode exigir de seus seguidores!

Como diziam os Titãs, profetas da geração passada, "Jesus não tem dentes no país dos banguelas".

"...em vão me adoram..." (Mt 15:9).

#GeraçãoDaApostasia

segunda-feira, 9 de abril de 2018

O EVANGELHO-CHACOTA

Vez por outra recebo via redes sociais vídeos ou áudios de "pastores" fake, humoristas como o "Jacinto Manto" ou o "Bispo Arnaldo" em suas mensagens espalhafatosas. Aliás, Chico Anysio e seu "Tim Tones", ainda na década de 1980, já mostrava um "evangelho" deturpado e seus pregadores excêntricos, sedentos por fama e dinheiro. Nada de novo debaixo do sol.
Depois do "Tim", estas personagens se tornaram comuns, e não faltam "musos inspiradores" para que outras sejam criadas! Trata-se de um tipo de humor questionável, mas que muitas vezes traz verdades em suas entrelinhas, principalmente no que diz respeito à conduta vergonhosa dos que inspiraram a personagem.
"Jacinto Manto", "Bispo Arnaldo" e até mesmo o programa "Fala Que Eu Te Ouvo" (sátira de uma TV cearense a um famoso programa das madrugadas brasileiras) são o fiel cumprimento de Romanos 2:24, que afirma "o nome de Deus é blasfemado entre os gentios por vossa causa". Os falsos pastores são a fonte de inspiração deles! O Evangelho genuíno e a fé cristã são blasfemados graças à má conduta dos "pastores" reais!
O fato é que a Igreja do Senhor e seus líderes precisam ser homens equilibrados. Isto faz parte dos prerrequisitos constantes em 1 Tm 3 e Tt 1 para escolha de líderes cristãos. Estes "pastores fake" são exatamente a caricatura dos falsos obreiros que empestam a igreja apóstata, e que até já se fazem presentes em algumas Igrejas sérias, contaminando-as, os quais definitivamente não possuem qualquer característica de equilíbrio, antes seus "ministérios" e suas condutas atraem os réprobos exatamente pela característica de desequilíbrio!
Outro fato é que homens realmente equilibrados, por mais conhecidos que se tornem (cito entre eles os rev. Augustus Nicodemus e Hernandes Dias Lopes, os pastores Russell Shedd, Renato Vargens, Ciro Zibordi, Elienai Cabral, Franklin Ferreira, o bispo Walter McAlister, e tantos outros homens sérios do meio evangélico), nunca são satirizados por estes humoristas. Não dão motivos para tal, pois o Evangelho que pregam é o Evangelho autêntico e equilibrado, suas condutas, práticas, homilias, vestimentas e trejeitos jamais são tidos como inspiração para chacotas.
Alguém aí já viu personagens que satirizam o saudoso Russell Shedd?? Algum humorista, em suas performances, apresenta o rev. Augustus como detentor de milhões de dólares nos EUA ou Suíça?? Algum vídeo na Internet mostrando o bp. Walter entrando nos Istêites com centenas de milhares de dólares na Bíblia?? Algum vídeo do pr. Renato Vargens em sua banheira de ouro de sua mansão na Flórida?? Ou algum áudio na voz do pr. Claudionor de Andrade (com sua voz grave característica) prometendo bênçãos e vitórias a quem participar de tal Campanha??
A verdade é que Jesus deixou claro que o sal, quando se torna insípido (sem gosto, sem poder de salgar) para nada mais serve, senão PARA SER PISADO PELOS HOMENS! Tais "pastores, bispos e apóstolos" fraudulentos surgiam e seus "ministérios" existem para duas coisas, no mínimo: [1] serem objeto de tropeço para os perdidos e [2] servirem de chacota para os ímpios!